Há uma semana o Jornal Serrano vem conversando com Maristela Raiser, Assistente Social de Xanxerê, que está trabalhando como voluntária, levantando dados dos municípios atingidos, principalmente o número de desabrigados e desalojados. No sábado ela entrou em contato com a jornalista Dane Reis, preocupada com Barros Cassal, já que constava no decreto de emergência que tinha mais de seis mil pessoas atingidas. No entanto, não atingidas com a enchente em si, mas atingidas pelo que a enchente causou na estrutura viária do município que não ficou com um metro de estrada transitável, lembrando que mais de dez pontes e pontilhões foram levados pela água, perdendo as contas da quantidade de bueiros que também se perderam, causando uma situação de emergência, com transtornos diversos a mais de seis mil pessoas. E esta situação leva há muitas e muitas famílias estarem com dificuldades para transitar, também não está sendo possível retornar as aulas, além de transtornos bem maiores em caso de saúde, em especial os que precisam de atendimentos frequentes, além é claro, de uma dificuldade imensa para que possam buscar alimento no centro do município. Levamos o assunto ao coordenador de Defesa Civil de Barros Cassal e secretário da Fazenda, Edson Zinn – Edinho, que ressaltou que não há desabrigados, nem desalojados, que houve famílias atingidas, isoladamente, e que, se sobrar alimentos, após entrega aos municípios onde as famílias perderam tudo, será bem vinda para as muitas famílias carentes do município, mas para voltar ao normal o que o município realmente precisa é de ajuda na restauração de pontes, pontilhões, bueiros e recuperação de mais de dois mil quilômetros de estradas. Explicamos a Maristela que seria muito importante uma força tarefa de algum município que pudesse e estivesse disposto a ajudar Barros Cassal na reconstrução da estrutura vária. “Sem uma força tarefa, Barros Cassal, leva no mínimo uns três anos para recuperar a estrutura viária do município, interior e cidade, mais no interior, nos seus mais de dois mil quilômetros de estradas”, explicou Edinho. Nesta quarta-feira, seu Oneide Souza, morador de Rodeio Bonito, que vende verduras na cidade, enviou fotos de sua estrada ao Jornal Serrano, dizendo que estava sem saída e que não tinha como vender seus produtos, além de perdê-los não sabia como fazer para honrar suas contas. E nesta situação sabemos que é a realidade da maioria das famílias de Barros Cassal, assim como dos demais municipios pequenos da região que tem como economia principal a agricultura familiar. Enviamos as situações repassadas a nós ao prefeito Adão Reginei Camargo – Neizinho, que está assumindo também as pastas de Agricultura e Obras, o qual sempre responde que estão trabalhando direto, fazendo o que podem, com máquinas do município e terceirizadas, mas que não estão vencendo.
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